28 dezembro, 2011

Três museus portugueses são finalistas do Museu Europeu do Ano 2012



Hotel-Museu?>



O Museu do Côa, no Douro, o Hotel-Museu do Convento de São Paulo, no Redondo, e o Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, nos Açores, estão entre 46 nomeados para o Prémio do Museu Europeu do Ano 2012. 

O prémio é atribuído anualmente pelo European Museum Forum (EMF), organização sem fins lucrativos criada nos anos 1970 para promover a qualidade das instituições museológicas, e que funciona sob os auspícios do Conselho da Europa.

A cerimónia de atribuição do Prémio Museu Europeu do Ano 2012 terá lugar em Penafiel, entre 16 e 19 de Maio, onde decorrerá a assembleia anual do EMF.

Os três museus portugueses fazem parte de uma lista de 46 nomeados de 20 países, entre eles Grécia, Irlanda, Rússia, Estónia, Alemanha, Holanda, Suíça, Espanha, França e Reino Unido.

Na decisão final do júri pesam habitualmente os esforços realizados pelos museus europeus para atrair visitantes através de programas nas áreas da interpretação, responsabilidade social, comunicação e marketing.

25 dezembro, 2011

Poemas de Natal

 Vamos entoar Graças a Deus.


Natal Divino

Natal divino ao rés-do-chão humano,
Sem um anjo a cantar a cada ouvido.
Encolhido
À lareira,
Ao que pergunto
Respondo
Com as achas que vou pondo
Na fogueira.

O mito apenas velado
Como um cadáver
Familiar…
E neve, neve, a caiar
De triste melancolia
Os caminhos onde um dia
Vi os Magos galopar…

Miguel Torga
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A NOITE DE NATAL

Em a noite de Natal

Alegram-se os pequenitos;
Pois sabem que o bom Jesus
Costuma dar-lhes bonitos.

Vão se deitar os lindinhos
Mas nem dormem de contentes
E somente às dez horas
Adormecem inocentes.

Perguntam logo à criada
Quando acorde de manhã
Se Jesus lhes não deu nada.

– Deu-lhes sim, muitos bonitos.
– Queremo-nos já levantar
Respondem os pequenitos.

Mário de Sá-Carneiro

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NATAL

Acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
Era gente a correr pela música acima.
Uma onda uma festa. Palavras a saltar.

Eram carpas ou mãos. Um soluço uma rima.
Guitarras guitarras. Ou talvez mar.
E acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.

Na tua boca. No teu rosto. No teu corpo acontecia.
No teu ritmo nos teus ritos.
No teu sono nos teus gestos. (Liturgia liturgia).
Nos teus gritos. Nos teus olhos quase aflitos.
E nos silêncios infinitos. Na tua noite e no teu dia.
No teu sol acontecia.

Era um sopro. Era um salmo. (Nostalgia nostalgia).
Todo o tempo num só tempo: andamento
de poesia. Era um susto. Ou sobressalto. E acontecia.
Na cidade lavada pela chuva. Em cada curva
acontecia. E em cada acaso. Como um pouco de água turva
na cidade agitada pelo vento.

Natal Natal (diziam). E acontecia.
Como se fosse na palavra a rosa brava
acontecia. E era Dezembro que floria.
Era um vulcão. E no teu corpo a flor e a lava.
E era na lava a rosa e a palavra.
Todo o tempo num só tempo: nascimento de poesia.

Manuel Alegre
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Poema de Natal


Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos -
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.


Assim será a nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos -
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.


Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai -
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.


Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte -
De repente nunca mais esperaremos…
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.


Vinicius de Moraes

22 dezembro, 2011

Pedro Gadanho vai ser curador no MoMA



Arquitecto português foi escolhido num concurso internacional lançado pelo museu de Nova Iorque. "É o corolário de uma carreira de freelancer em áreas inovadoras na arquitectura."

Pedro Gadanho vai ser o curador de Arquitectura Contemporânea no Departamento de Arquitectura e Design do Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque. O arquitecto que foi responsável pela representação portuguesa na Bienal de Veneza de Arquitectura em 2004 vai dirigir, a partir de Janeiro, o sector das exposições e aquisições, e ainda o dos Jovens Arquitectos.

A escolha do arquitecto português, confirmada na quarta-feira pelo MoMA ao PÚBLICO, foi resultado de um concurso internacional lançado em Março. “Comecei por enviar o meu currículo, mas, no início, a minha expectativa de vir a ser escolhido era zero”, confessou Pedro Gadanho. Acrescentou que começou a acreditar que teria possibilidades em Setembro, quando foi chamado a Nova Iorque para entrevistas. “Percebi que estava já numa “short list” de quatro ou cinco nomes, mas tinha consciência de que, mesmo chegando à final, o escolhido poderia ser o outro”, disse o arquitecto, feliz com a abertura desta nova etapa na sua vida.

Notícia completa in Ipsilon, Público

20 dezembro, 2011

Prémios da Academia Portuguesa irão chamar-se Sophia


Os prémios que a Academia Portuguesa de Cinema quer atribuir à melhor produção cinematográfica irão chamar-se Sophia, em homenagem à poeta Sophia de Mello Breyner Andresen, disse à Agência Lusa o presidente da associação, Paulo Trancoso.

A Academia Portuguesa de Cinema, que reuniu na segunda-feira em assembleia-geral, aprovou o regulamento dos galardões.

De acordo com o produtor Paulo Trancoso, os prémios serão anuais e pretendem distinguir o cinema português em vinte categorias, como melhor filme, realizador, ator e atriz, banda sonora, fotografia, argumento original e adaptado, curta-metragem, documentário e filme estrangeiro.Os Sophia serão os prémios portugueses de cinema à semelhança dos que existem nos Estados Unidos (Óscares), em França (Césares), em Espanha (Goya) ou no Reino Unido (Bafta).

A primeira edição dos prémios decorrerá em 2012, possivelmente em abril ou em junho, dependendo do acordo que for alcançado com uma das estações de televisão para a transmissão da cerimónia, disse Paulo Trancoso.

Os nomeados serão conhecidos no primeiro trimestre de 2012.

A Academia Portuguesa de Cinema, também conhecida por Associação Portuguesa das Artes e Ciências Cinematográficas, foi juridicamente fundada em inícios de julho.

O produtor Paulo Trancoso foi eleito o primeiro presidente da direção da Academia Portuguesa de Cinema.

A atriz e deputada Inês de Medeiros e o realizador e produtor Fernando Vendrell foram eleitos, respetivamente, presidentes da Assembleia Geral e Conselho Fiscal.

Como vice-presidentes foram eleitos a atriz Anabela Teixeira (direção), a diretora de casting Patrícia Vasconcelos (assembleia geral) e a atriz Dalila Carmo (conselho fiscal).

O objetivo da criação desta Academia é ajudar a impulsionar e defender a produção de cinema português e aproximá-la do público, disse Paulo Trancoso.

Numa altura difícil para o cinema português, que aguarda nova legislação, tem um fundo de financiamento (FICA) paralisado e deverá contar com redução de apoios por parte do Instituto do Cinema e Audiovisual, Paulo Trancoso sublinhou que "é preciso ajudar a pensar positivo num momento tão crítico".

Diário Digital / Lusa

18 dezembro, 2011

Os melhores livros do ano, por Helena Vasconcelos



1. As Luzes de Leonor, Maria Teresa Horta

2. A Filha do Coveiro, Joyce Carol Oates

3. O Retorno, Dulce Maria Cardoso

4. A Questão Finkler, Howard Jacobson

5. Liberdade, Jonathan Franzen

6. O Último Homem na Torre, Aravind Adiga

7. O Filho do Desconhecido, Alan Hollinghurst

8. A Mulher do Tigre, Téa Obreht

9. Canções Mexicanas, Gonçalo M. Tavares

10. Némesis, Philip Roth

11. O Sentido do Fim, Julian Barnes

12. Pátria Apátrida, W. G. Sebald

13. Comissão das Lágrimas, António Lobo Antunes

14. O Haiku das Palavras Perdidas, Andrés Pascual

15. O Quarto de Jack, Emma Donoghue

16. A Educação Sentimental dos Pássaros, José Eduardo Agualusa

17. Lusco-Fusco, Cristina Carvalho

18. O Profeta do Castigo Divino, Pedro Almeida Vieira

19. Por Este Mundo Acima, Patrícia Reis

20. O Amante é Sempre o Último a Saber, Rui Zink

in Ipsilon, Público, 16-12-2011

17 dezembro, 2011

Paris-Africa - Des ricochets




DES RICOCHETS
(L. Florence – P. Guiaro / F. Château)

J’aurais pu être un môme
Un bout de chou qui sourit
Et se fout d’être mouillé
Comme de la dernière pluie

Mais ici y’a pas d’eau,
Qu’un silence ordinaire
Qui ne cesse de peser
Sur nous comme un enfer

Moi, ce que je voulais c’est jouer
Mais pas avec ma vie
Et je vous regarde verser
Des larmes qu’on n’a plus ici,

Moi ce que je voulais c’est danser
Pour faire tomber la pluie
Et je vous regarde creuser
La terre mais pas des puits

Je veux pas l’aumône
Je veux pas déranger
Mais juste un peu d’eau
Pour faire des ricochets, pour faire des ricochets, pour faire des ricochets

J’aurais pu être un môme
Comme un autre qui grandit
Sans avoir à scruter
Un ciel qui vous oublie

J’demande pas un ruisseau
Encore moins une rivière
Je veux seulement jeter
Des bouteilles à la mer

Moi, ce que je voulais c’est jouer
Mais pas avec ma vie
Et je vous regarde verser
Des larmes qu’on n’a plus ici

Moi ce que je voulais c’est danser
Pour faire tomber la pluie
Et je vous regarde creuser
La terre mais pas des puits

Je veux pas l’aumône
Je veux pas déranger
Mais juste un peu d’eau
Pour faire des ricochets, pour faire des ricochets, pour faire des ricochets

Je veux pas l’aumône
Je veux pas déranger
Mais juste un peu d’eau
Pour faire des ricochets

Je veux pas l’aumône
Je veux pas déranger Mais juste un peu d’eau
Pour faire des ricochets, pour faire des ricochets, pour faire des ricochets

Je veux pas l’aumône
Je veux pas déranger
Mais juste un peu d’eau
Pour faire des ricochets, pour faire des ricochets, pour faire des ricochets
                                                                                                                                                 
Unicef France -  2011
                                                                                                                                                           

Mariza e Cesária Évora - Sodade

Morreu Cesária Évora, a Diva das Mornas

Morreu Cesária Évora

A cantora cabo-verdiana morreu hoje, aos 70 anos, no Hospital Baptista de Sousa, na ilha de São Vicente, Cabo Verde.

Cesária Évora nasceu no Mindelo, Cabo Verde, a 27 de Agosto de 1941 (70 anos). Conhecida como "a diva dos pés descalços", foi a cantora de maior reconhecimento internacional de toda história da música popular cabo-verdiana.

A cantora africana tinha sofrido um acidente vascular cerebral em Setembro (esteve internada num hopsital em Paris, França), precisamente no dia a seguir a ter anunciado que punha um final à sua carreira musical.

Entre os vários prémios que recebeu pela sua notável carreira, destaca-se em 2004 o Grammy de melhor álbum de World Music contemporânea. E o presidente francês, Nicolas Sarkozy, distinguiu-a, em 2009, com a medalha da Legião de Honra entregue pela ministra da Cultura francesa Christine Albanel.

in DN


16 dezembro, 2011

A Lisboa de Fernando Pessoa editada num livro, em França





O livro "Lisbonne", apresentado hoje no Consulado Geral de Portugal em Paris, França, junta fotografias de Edith Bricogne e textos do "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa, e abre uma janela com um caminho fotografado sobre Lisboa.

A fotógrafa, professora e artista plástica Edith Bricogne contou à agência Lusa que esta é uma viagem pela cidade, "a partir do Tejo e a terminar no Tejo".

"A primeira fotografia é tirada a partir de Cacilhas, na outra margem do rio. E depois entramos lentamente em Lisboa, passamos pelos seus bairros - Alfama, Bairro Alto, Lapa, Graça, Chiado -, pelos quiosques, pelas ruas labirínticas, pela calçada irregular branca e preta, pelas fachadas coloridas de azulejos?", acrescentou.

O livro passa também pela Sé, pelo Mosteiro de São Vicente, pela Casa dos Bicos, pelo Mosteiro dos Jerónimos e pela a Torre de Belém. Não esquece, lembra a autora, "a Lisboa mais contemporânea": a Ponte Vasco da Gama, o Parque das Nações, o Museu do Oriente.

"Lisbonne" é resultado de uma paixão pela cidade, foi um projeto de dois anos, metade desse tempo para fazer o passeio e a tirar as fotografias: "O percurso estava já na minha cabeça. Depois fiz quatro pequenas viagens a Lisboa e o resto foi construído com a ajuda da editora", explicou.

Anne Lima, das edições Chandeigne, considera que "não havia, até agora, em França um livro assim sobre Lisboa": "Por isso decidimos oferecer aos leitores Lisboa como nós gostamos de a ver, com imagens de página inteira, e com referências ao "Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, incontornável quando se fala da cidade", acrescentou.

No fim do livro estão reproduzidas todas as fotografias que o compõem, arrumadas sobre um mapa da cidade.

"Lisbonne" é uma janela de fotografias sobre a cidade, é uma viagem de pôr no bolso.

Um poema de Ana Hatherly



Os livros estão sempre sós. Como nós.
Sofrem o terrível impacto do presente. Como nós.
Têm o dom de consolar, divertir, ferir, queimar. Como nós.
Calam a sua fúria com a sua farsa. Como nós.
Têm fachadas lisas ou não. Como nós.
Formosas, delirantes, horrorosas. Como nós.
Estão ali sendo entretanto. Como nós.
No limiar do esquecimento. Como nós.

Ana Hatherly, in Tisanas

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Fernand Toussaint, (Bélgica 1873-1956) pintor belga, nascido em Bruxelas, famoso pelas naturezas mortas e retratos. Aluno de Jean Portaels em Bruxelas e depois e em Paris onde refinou seu estilo com a atenção do pintor Alfred Stevens.


Eduardo Lourenço - Prémio Pessoa 2011

                                                                                          Imagem retirada da net

Lisboa, 16 dez (Lusa) - O pensador Eduardo Lourenço, de 88 anos, vencedor do Prémio Pessoa 2011, é um homem consensual na sua heterodoxia, um "marginal consagrado, na permanente tentação do estudo da própria marginalidade", como o descreveu o escritor Mário Cláudio.

Embora residente em França desde os anos 1960, manteve sempre uma grande ligação a Portugal, nunca tendo deixado de se pronunciar sobre as grandes questões da sociedade portuguesa, bem como sobre os grandes problemas do nosso tempo, o que posiciona a sua filosofia como uma "metafísica da interrogação", como afirmou o professor Fernando Catroga, catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Nascido a 23 de maio de 1923, em São Pedro de Rio Seco, no concelho de Almeida, distrito da Guarda, Eduardo Lourenço de Faria é o mais velho dos sete filhos de Abílio de Faria, oficial do Exército, e de Maria de Jesus Lourenço.

12 dezembro, 2011

Leituras...


Sinopse
O novo livro de Gonçalo M. Tavares leva-nos à cidade do México, com uma ficção que nos dá a dimensão de estranheza e crueldade de uma metrópole onde as pessoas são demasiado intensas para que a prosaica busca da felicidade as interesse.

Prémio Secil atribuído à Casa das Histórias, de Souto de Moura


Lisboa, 12 dez (Lusa) - O arquiteto Eduardo Souto de Moura recebe hoje, em Lisboa, o Prémio Secil Arquitetura 2010, atribuído pela Secil e a Ordem dos Arquitetos, pelo projeto da Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais.

Criado em 1992, o galardão distingue, de dois em dois anos, a mais significativa solução de arquitetura portuguesa, tendo o júri desta edição sido composto pelos arquitetos Nuno Brandão Costa, Siza Vieira, Diogo Seixas Lopes, Paula Silva, Luísa Marques e presidido por Duarte Cabral de Mello.

Esta é assim a terceira vez que Eduardo Souto de Moura é distinguido com o Prémio Secil, depois de em 2004 ter sido escolhido com o Estádio Municipal de Braga e, em 1992, ano da criação do prémio, com a construção da Casa das Artes no Porto.

Livraria Bertrand, no Chiado, é a mais antiga do mundo

A livraria Bertrand do Chiado está em funcionamento desde 1732
                 A livraria Bertrand do Chiado está em funcionamento desde 1732 (Foto: Catarina Oliveira Alves/arquivo)
                             
A livraria Bertrand do Chiado, em Lisboa, entrou no Guiness por ser a livraria mais antiga do mundo.

Aberta desde 1732, a livraria Bertrand é a mais antiga do mundo e tem agora no seu interior, para quem quiser ver, o atestado, certificado pelo Guiness Book of Records.

A livraria foi fundada por Pedro Faure, e a sua primeira morada foi a Rua Direita do Loreto, na esquina com a Rua do Norte, porém o terramoto de 1755, deu um novo endereço à Bertrand e e esta mudou-se para junto da Capela de Nossa Senhora das Necessidades. Dezoito anos depois a livraria instalou-se na Rua Garrett.

Grandes nomes da escrita passaram por lá e Bertrand tornou-se um espaço de tertúlia. José Fontana foi empregado da Bertand durante 16 anos e suicidou-se no interior da livraria). Outros nomes da literatura nacional passaram por ali, Antero de Quental e Aquilino Ribeiro foram dois deles.

10 dezembro, 2011

Graça Morais vence Prémio de Artes Casino da Póvoa 2011

Graça_Morais




A artista plástica Graça Morais venceu a edição deste ano do Prémio de Artes Casino da Póvoa com o quadro "Série 2011: A Caminhada do Medo, 2011", informou o casino, através de comunicado.

Além de atribuir um prémio monetário no valor de 30 mil euros, o casino vai adquirir a obra premiada e publicar uma monografia sobre a artista.

Este galardão visa "distinguir e homenagear a obra de uma mulher que, ao longo do tempo, construiu uma carreira que a consagra como uma das maiores pintoras contemporâneas", justificou o casino, no comunicado.

Para o júri do Prémio de Artes Casino da Póvoa, constituído por Dionísio Pereira Vinagre, Vasco Esteves Fraga e Amândio Secca Secca, a atribuição do Prémio de Artes Casino da Póvoa 2011 à pintora Graça Morais visa distinguir e homenagear a obra de uma artista que ao longo do tempo construiu uma carreira que a consagra como uma das maiores pintoras contemporâneas.



“Na obra de Graça Morais as mulheres são a terra, a razão e a origem do mundo. A sua aldeia, à qual sempre regressa, dá-lhe as memórias e as vivências para construir esse mundo de um imaginário de hábitos e costumes que povoam a sua existência, entre o sagrado e o profano, entre o amor e a morte, entre o animal e o humano”, assinala o júri do prémio.

08 dezembro, 2011

Prix Goncourt de la Poésie 2011

Le jury de l'Académie Goncourt a décerné mardi 6 décembre le Goncourt de la Poésie  2011 à Vénus Khoury-Ghata, d'origine libanaise, pour l'ensemble de son oeuvre.
Commandez ce livre
Commandez ce livre
Commandez ce livre
Vénus Khoury-Ghata
Sept pierres pour la femme adultère
Gallimard
Vénus Khoury-Ghata
Une maison au bord des larmes
Actes Sud
Vénus Khoury-Ghata
La maison aux orties
Actes Sud





06 dezembro, 2011

Tomas Tranströmer homenageado 6.ª feira no Palácio Galveias


Lisboa, 06 dez (Lusa) -- O poeta sueco Tomas Tranströmer, prémio Nobel da Literatura 2011, será homenageado sexta-feira na Biblioteca Municipal Palácio Galveias, em Lisboa, por iniciativa da Fundação José Saramago.

Tranströmer, de 80 anos, hemiplégico há mais de duas décadas devido a um acidente vascular cerebral que o fez também perder a fala, será celebrado a partir das 18:30, na véspera de receber o Nobel das mãos do rei Carlos XVI Gustavo, numa cerimónia que se realizará em Estocolmo.

"O poeta Tomas Tranströmer receberá o Prémio Nobel da Literatura 2011. O amigo da música, dos versos, das causas belas, o sueco que não fala nem se movimenta mas que comunica com o olhar e que com ele é capaz de trazer beleza ao mundo, será festejado em Lisboa por aqueles que não se renderam", lê-se na convocatória divulgada pela Fundação Saramago.



01 dezembro, 2011

Leituras...


Anatomia dos Mártires é a história de uma obsessão verdadeira transformada em ficção – a de uma investigação contemporânea (e original) sobre o mito de Catarina Eufémia – e também a tentativa de reconciliação de um escritor nascido imediatamente após a Revolução de Abril com o passado.”



"Um mundo aparentemente normal, duas personagens - Aomame, uma mulher independente, professora de artes marciais, e Tengo, professor de matemática - que não são o que aparentam e ambos se dão conta de ligeiros desajustamentos à sua volta, que os conduzirão fatalmente a um destino comum. Um universo romanesco dissecado com precisão orwelliana, em que se cruzam histórias inesquecíveis e personagens cativantes.
Em 1Q84, Haruki Murakami constrói um universo romanesco em que se cruzam histórias inesquecíveis e personagens cativantes. Onde acaba o Japão e começa o admirável mundo novo em que vivemos? Uma ficção que ilumina de forma transversal a aldeia global em que vivemos."