26 novembro, 2013

III Congresso Internacional de Fernando Pessoa






Teatro Aberto - Praça de Espanha 
28, 29 e 30 de novembro


Durante três dias, no ano em que se celebram os 125 anos do autor, a Casa Fernando Pessoa reúne mais de quarenta investigadores, críticos, tradutores e criadores de variados países, no espaço em que o poeta viveu os seus últimos 15 anos e onde se encontra a sua biblioteca pessoal, promovendo o encontro entre os leitores da sua obra.

Alexandra Lucas Coelho vence Grande Prémio de Romance da APE



O romance E a Noite Roda de Alexandra Lucas Coelho, editado pela Tinta da China, é o vencedor do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE) relativo a 2012. O prémio co-promovido pela Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, foi atribuído por unanimidade.

José Correia Tavares, Ana Marques Gastão, Clara Rocha, Isabel Cristina Rodrigues, Luís Mourão e Manuel Gusmão formaram o júri que tomou a decisão final, nesta segunda feira, dia 25.

E a Noite Roda, história de amor entre uma jornalista catalã – Ana Blau, a narradora – e um jornalista belga, estava na corrida com mais cinco finalistas: O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel, de Mário de Carvalho, Jesus Cristo Bebia Cerveja, de Afonso Cruz, A Rapariga Sem Carne, de Jaime Rocha, e O Banquete, de Patrícia Portela.



23 novembro, 2013

Brassaï à Paris



Exposition gratuite | 8 novembre 2013 - 8 mars 2014
Tous les jours de 10h à 19h sauf  dimanges et jours fériés



La Ville de Paris poursuit son exploration de la capitale à travers le regard de ses plus grands photographes en présentantl’oeuvre intense et lumineuse de Brassaï. 


L’exposition "Brassai, Pour l’amour de Paris" relate l'histoire exceptionnelle d'une passion, celle qui a uni pendant plus de cinquante ans Brassaï l'écrivain, le photographe, le cinéaste, aux coins et recoins de la capitale mais aussi à tous ceux, intellectuels, artistes, grandes familles, prostituées et vauriens, bref à tous ceux et celles qui font la légende de Paris. Toute sa vie en effet, Paris demeure au cœur de sa réflexion, le fil rouge de son travail.



Brassaï



Né en 1899 à Brasso en Transylvanie, Gyulus Halasz qui prendra le nom de Brassaï lorsqu'il commencera à photographier en 1929, vient tout juste de fêter ses quatre ans lorsque son père professeur de littérature l’embarque avec lui à Paris où il est invité à passer une année sabbatique. Cette période d'enchantement miraculeuse reste à jamais gravée dans la mémoire du jeune homme.

Cette fascination pour Paris amène Brassaï à rejoindre la capitale française en 1924 après ses études d'art à Berlin. Il va rapidement rencontrer Desnos, Prévert qui l’intègrent dans le milieu brillant des artistes et intellectuels qui font la renommée des Années Folles à Montparnasse et l'introduisent dans la nébuleuse surréaliste. 


in Que faire à Paris?



13 novembro, 2013

Exposição "Miss Dior" no Grand Palais



"Miss Dior", o primeiro perfume criado por Christian Dior em 1947, é tanto um símbolo quanto um mito. 

A exposição "Miss Dior", comissariada por Hervé Mikaeloff,  inaugura hoje, no Grand Palais, em Paris,  e apresenta pela primeira vez os trabalhos de 15 mulheres artistas femininas de diferentes nacionalidades convidadas a criar obras inspiradas no universo Miss Dior. A exposição conta ainda com fotografias raras e peças de coleção, que acompanham  as obras de arte. 


Joana Vasconcelos foi uma das convidadas a participar nesta exposição, juntamente com, entre outras, a francesa Carole Benzaken, a coreana Lee Bul,  a brasileira Maria Nepomuceno, a britânica Hanna Starkey, a americana Polly Apfelbaum, a japonesa Tomoko Shioyasu  e a iraniana Shirin Neshat.

A jóia que Joana Vasconcelos criou é um enorme laço dourado com 280x305x105cm, feito com frascos de perfume “J’Adore” iluminados, resina de poliéster, fibra de vidro, LED RGB, microcontrolador, fonte de alimentação e metal e intitula-se «J’Adore Miss Dior». 

Cada obra será exposta ao lado de uma criação icónica da casa Dior, como o vestido "Concerto", de 1957, que acompanhará o laço de Joana Vasconcelos.


Joana Vasconcelos cria laço gigante a convite da Dior




07 novembro, 2013

Albert Camus - 100 anos







Escritor, jornalista e ensaísta francês, Albert Camus nasceu a 7 de novembro de 1913 em Mondovi, na Argélia. Filho de um jornaleiro meio argelino, meio francês, e de uma espanhola analfabeta, cedo se revelou um estudante exemplar tendo-se licenciado em Filosofia pela Universidade de Argel, em 1936.

Em 1937, publicou o seu primeiro livro, uma antologia de ensaios com o título L'Envers Et L'Endroit. No ano seguinte, passou a trabalhar como jornalista no Alger Républicain.


Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, Camus publicou Noces (1939), uma antologia de ensaios.

Juntou-se ao movimento da Resistência Francesa e, em 1942, publicou um dos seus principais romances, L'Étranger, obra que  dava início ao estudo do absurdo, uma constante no seu trabalho, e que representava a prova aparente, segundo Camus, da não existência de Deus.


Em 1942, publicou o ensaio filosófico LeMythe de Sisyphe: Essai Sur L'Absurde. Neste ensaio  juntou o conceito do suicídio ao conceito do marasmo do absurdo da vida (conceito que havia de caracterizar a problemática existencial de toda uma geração de autores e pensadores).

Em 1943, juntamente com o escritor Jean-Paul Sartre, fundou o jornal de esquerda Combat, de que foi editor até 1947, ano em que publicou o seu terceiro romance,  La Peste, uma alegoria à ocupação da França pelos Nacional-Socialistas em que os comportamentos humanos em situações extremas são cuidadosamente analisados. 

Rompendo pouco tempo depois com Jean-Paul Sartre, líder da corrente existencialista, Camus publicou, em 1951, L'Homme Revolté, ensaios dedicados à génese histórica do Ateísmo.

Com o título La Chute,  em 1956, retoma   a problemática da justiça humana, sempre em torno da célebre frase de Dostoievski: "Se Deus não existisse, tudo seria permitido".

Em 1957 foi Galardoado com o Prémio Nobel da Literatura.

Albert Camus faleceu prematuramente, a 4 de janeiro de 1960, num acidente de viação. 


Obras
 
- Révolte dans les Asturies (Revolta nas Astúrias) ,1936, Ensaio de criação colectiva.
- L'Envers et l'Endroit (O Avesso e o Direito), 1937, Ensaio.
- Noces (Núpcias), 1939 antologia de ensaios e impressões.
- Réflexions sur la Guillotine (Reflexões sobre a Guilhotina), 1947.
- L'Étranger (O Estrangeiro), 1942, romance.
- Le Mythe de Sisyphe O mito de Sísifo), 1942, ensaio sobre o absurdo.
- Les justes (Os justos), Peça em 5 actos, Editor Gallimard, 2008.
- Le Malentendu (O malentendido), 1944, Peça em três actos.
- Lettres à un ami allemand (Cartas a um amigo alemão), publicadas com o pseudónimo de Louis Neuville, Editor Gallimard. 
- Caligula (Calígula) (primeira versão em 1941), Peça em 4 actos.
- La peste (A peste), Editor Gallimard, 1972.
- L'État de siège (Estado de sítio), (1948), Espectáculo em três partes.
- L'Artiste en prison (O Artista na prisão), 1952 prefácio sobre Óscar Wilde.
- Actuelles (Atuais) I, Crónicas,1944-1948", 1950.
- Actuelles (Atuais) II, Crónicas, 1948-1953.
- L’homme révolté (O homem revoltado), 1951.
- L'Été (O Verão), 1954, Ensaio.
- Requiem pour une nonne (Réquiem para uma freira).
- La chute (A queda), Editor Gallimard, 1972. 
- L'Exil et le Royaume (O exílio e o reino), Gallimard, 1957 contos: (La Femme adultère (A mulher adúltera), Le Renégat (O Renegado), Les Muets (Os Mudos), L'Hôte (O Hóspede), Jonas.
- La Pierre qui pousse (A Pedra que brota).
- Os discursos da Suécia, 1957.
- Carnets I (Cadernetas I), maio 1935- fevereiro 1942, 1962.
- Carnets II (Cadernetas II), janeiro 1942-março 1951, 1964.
- Carnets III (CadernetasIII), março 1951-dezembro 1959.
- La Postérité du soleil, photographies de Henriette Grindat. Itinéraire par René Char (A posteridade do Sol, fotografias de Henriette Grindat. Itinerário por René Char, edições E. Engelberts, 1965,  nova edição Gallimard, 2009.
- Les possédés (Os possessos), 1959, adaptação ao teatro do romance de Fiódor Dostoiévski.
 - Résistance, Rebellion, and Death (Resistência, Rebelião e Morte).
- Le Premier Homme (O Primeiro Homem), Gallimard, 1994, publicado por sua filha, romance inacabado.
- La mort heureuse (A morte feliz).




06 novembro, 2013

Casa da Liberdade - Mário Cesariny






A CASA DA LIBERDADE - MÁRIO CESARINY é um espaço artístico, polivalente, com características museológicas, que presta homenagem ao poeta e pintor surrealista Mário Cesariny de Vasconcelos. 

Localiza-se no centro histórico da cidade de Lisboa, em Alfama e em articulação com a Perve Galeria, que lhe é contígua, acolhe um espólio artístico e documental legado pelo artista que lhe dá nome e uma coleção que começou a ser reunida nos anos 90, constituída por diferentes núcleos temáticos, dedicados a áreas artísticas distintas.

 É de um espaço multifacetado que tem por base o conceito aglutinador de liberdade de Mário Cesariny e mais do que obras que se inscrevam no que se pode definir por Surrealismo ‘ortodoxo’, nesse espaço, são apresentadas obras cujo horizonte é delineado pela liberdade, seja ela formal, narrativa, epistemológica, ideológica, conceptual, política, ou religiosa.

Ver iniciativas: aqui


BN CL 1

Um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen



                                                                      Foto retirada da net 

Este é o tempo
Da selva mais obscura

Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura

Esta é a noite
Densa de chacais
Pesada de amargura

Este é o tempo em que os homens renunciam.


in Mar Novo

05 novembro, 2013

Um poema de Clarice Lispector



Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem

a importância das pessoas que passaram por suas
vidas.
O Futuro mais brilhante é baseado num passado
Intensamente vivido.

Você só terá sucesso na vida
Quando perdoar os erros e as decepções do passado

A vida é curta, mas as emoções
Que podemos deixar dura uma eternidade
A vida não é de se brincar
Por que em pleno dia se morrer

Clarice Lispector

Colóquio Internacional Almada Negreiros


Fundação Calouste Gulbenkian - Lisboa
13, 14 e 15 de Novembro 2013


No ano em que se completam 120 anos sobre o nascimento de Almada Negreiros e 100 anos sobre a sua primeira exposição, O Projecto Modernismo Online, em parceria com o Instituto de Estudos de Literatura Tradicional e do Instituto de História de Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, organiza o Colóquio Internacional Almada Negreiros.


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Ondjaki vence prémio Saramago 2013






Com o romance Os transparentes o escritor angolano, de 36 anos, vence a 8ª edição do prémio José Saramago.

A distinção foi anunciada hoje, na sede da Fundação José Saramago, no mesmo dia em que é publicado o seu novo livro, Uma escuridão bonita, com ilustrações de António Jorge Gonçalves. 


É o segundo prémio que o escritor recebe este ano, depois do Prémio Fundação Nacional do Livro Infantil.



"Este prémio não é meu, este prémio é de Angola." Foi assim que Ondjaki agradeceu o prémio. "Eu não ando sozinho, faço-me acompanhar dos materiais que me passaram os mais velhos. Na palavra 'cantil' guardo a utopia, para que durante a vida eu possa não morrer de sede."

"Este é um livro sobre uma Angola que existe dentro de uma Luanda que eu procurei escrever e descrever. Fi-lo com o que tinha dentro de mim entre verdade, sentimento, imaginação. E amor. É uma leitura de carinho e de preocupação. É um abraço aos que não se acomodam mas antes se incomodam. É uma celebração da nossa festa interior, trazendo as makas, os mujimbos, algumas dores, alguns amores. Penso que todos queremos uma Angola melhor", referiu o escritor no seu discurso de agradecimento.


Instituído pela Fundação Círculo de Leitores, o prémio, que é atribuído de dois em dois anos, distingue uma obra literária no domínio da ficção, romance ou novela, escrita em língua portuguesa, por um autor com idade não superior a 35 anos à data da publicação do livro, e cuja primeira edição tenha saído em qualquer país lusófono.



Paulo José Miranda, Adriana Lisboa, José Luís Peixoto, Gonçalo M. Tavares, Valter Hugo Mãe, João Tordo e Andréa del Fuego foram os nomes premiados  nas edições anteriores.

02 novembro, 2013

Mia Couto vence prémio internacional de literatura Neustadt






O escritor moçambicano Mia Couto foi distinguido com o prémio internacional de literatura Neustadt, atribuído de dois em dois anos pela Universidade de Oklahoma desde 1970.  


Os outros escritores nomeados para o que é considerado o prémio Nobel norte-americano foram o argentino César Aira, a vietnamita Duong Thu Huong, o ucraniano Ilya Kaminsky, o japonês Haruki Murakami, o norte-americano Edward P. Jones, o sul-coreano Chang-rae Lee, o palestiniano Ghassan Zaqtan e Edouard Maunick, das Ilhas Maurícias.


Em declarações à agência Lusa, Mia Couto dedicou  o prémio à sua família, que apelidou de "primeira nação"  e a "Moçambique, por todas as razões, mas agora ainda mais, porque temos de ficar mais juntos nessa busca por opções de paz, por alternativas de desenvolvimento".




Mia Couto, com 58 anos,  já recebeu os seguintes prémios:


1995 - Prémio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos
1999 - Prémio Vergílio Ferreira, pelo conjunto da sua obra
2001 - Prémio Mário António, pelo livro O último voo do flamingo
2007 - Prémio União Latina de Literaturas Românicas
2007 - Prémio Passo Fundo Zaffari e Bourbon de Literatura, na Jornada Nacional de Literatura
2012 - Prémio Eduardo Lourenço 2011
2013 - Prémio Camões 2013

01 novembro, 2013

Prémios P.E.N. 2012 atribuídos ex aequo na Poesia e no Ensaio



           

Hélia Correia com A Terceira Miséria (Relógio de Água) e Manuel de Freitas com Cólofon (Fahrenheit 451) vencem, em ex aequo, o prémio P.E.N. Poesia.


           



Rosa Maria Martelo com O Cinema na Poesia (Assírio & Alvim)  e Fernando Rosas com Salazar e  o Poder, a Arte de Saber Durar (Tinta da China), são os vencedores, também em ex aequo,  do prémio P.E.N. Ensaio. 


  

Ao romance Travessa d’Abençoada (Sextante Editora) de João Bouza da Costa é atribuído o prémio P.E.N. Narrativa.




Raquel Nobre Guerra vence o prémio P.E.N. Primeira Obra com o título Groto Sato (Mariposa Azul).


  O P.E.N. (Poetas, Ensaístas, Novelistas) Club foi constituído legalmente em Portugal, em 1979, fazendo parte do P.E.N Club Internacional, que é a maior e a mais antiga organização de escritores do mundo, criada em 1921, por escritores ingleses. O seu primeiro presidente foi John Galsworthy, Prémio Nobel da Literatura em 1932.